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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Tio-avô Ângelo Labigalini


ÂNGELO LABIGALINI


Angelo Labigalini (1912)

Meu tio-avô Ângelo Labigalini embarcou no porto de Gênova, Itália, no navio “INIZIATIVA” com destino ao Brasil, aqui chegando em 06 de Janeiro de 1.895 (quatro meses antes de seu irmão Luigi – meu nono), juntamente com sua esposa Ângela Zabeni – ambos com 28 anos – e os filhos:
Egídio, 6 anos, Albina, 4 anos e Cezarina com 2 anos.
Durante esta viagem surgiu uma epidemia de cólera neste navio. Muitos morreram e foram jogados ao mar. Esta embarcação aportou no Rio de Janeiro e os passageiros foram encaminhados para Juiz de Fora-MG, e se alojaram na “Hospedaria Horta Barbosa” para que fosse feita uma triagem e todos ficaram de quarentena, para que essa epidemia não se alastrasse no Brasil.
As pessoas que estavam com essa doença foram transferidas para a “Hospedaria do Pinheiro”, na mesma cidade.
Tio Ângelo e a família foram morar em Barra do Piraí - Rio de Janeiro e lá permaneceram por apenas 2 anos. Nesta cidade ele foi assaltado, roubaram o pouco dinheiro que tinha e todos os seus documentos. Para piorar ainda mais sua situação, aconteceu uma grande inundação e ele teve que carregar sua esposa e os filhos para um lugar seguro. Meses depois sua esposa morreu, deixando uma criança recém-nascida, de nome Angelina.
Viúvo, desesperado e situação financeira difícil, escreveu uma carta para meu nono Luigi (seu irmão), que residia numa fazenda no bairro Eleutério, município de Itapira-SP, pedindo ajuda (nono era meeiro de café nesta fazenda).
Nono e nona embarcaram num trem na Estação de Eleutério e foram buscá-los, trazendo-os para morarem com eles. Nona cuidou da pequena Angelina, que faleceu alguns meses depois. Tudo foi se normalizando e adaptaram-se muito bem, com o calor humano que receberam do nono e nona e dos familiares. Tio Ângelo não se parecia com o irmão Luigi: era alto, forte e cabelos ruivos. Somente os olhos azuis eram iguais.
Nessa fazenda morava Elisa Scudeler. Estava separada do marido e morava com um irmão. Era bonita, trabalhadeira e não tinha filhos.
Tio Ângelo e Elisa começaram a namorar e logo se apaixonaram. Ela aceitou unir-se a ele e também em cuidar dos filhos dele, todos menores: Egídio tinha 8 anos, Albina 6 anos e Cezarina com 4 anos.
Dessa união nasceram mais 4 filhos: Severino, Rissieri, César e Clementina.

Descendentes de Angelo Labigalini (1912)














Na foto acima, estão todos os filhos do Angelo Labigalini (do primeiro e segundo casamento), exceto o Egídio Labigalini. Esta foto deve ser do dia do casamento da Albina Labigalini, que se casou em Monte Sião-MG. Da esquerda para a direita, na parte de cima, Cezarina Labigalini (que mais tarde se casou com Luciano Sartorelli), ao seu lado Elisa Scudeller (a segunda esposa do Angelo), Angelo Labigalini, Albina Labigalini e seu marido Antonio Barricatti (que era irmão do Luciano Sartorelli por parte de mãe). Da esquerda para a direita, na parte de baixo, temos os quatro filhos do segundo casamento do Angelo com a Elisa Scudeller: Severino Labigalini (que se casou com Maria Orsini, que era irmã da Júlia Orsini, que se casou com o Antônio Labigalini, filho do Luigi), o Rissieri (ou Ricieri), o César Labigalini (que se casou com Emília Righetti) e a Clementina Labigalini (que se casou com José Brischigliari, o Bepe do Neno, cuja família era vizinha do sítio dos "bengalini", perto do pico da Forquilha, entre Monte Sião e Jacutinga).

Os filhos cresceram, casaram e cada um seguiu o seu destino. Egídio foi para o Paraná, Albina e Cezarina foram para Itapira, Severino e César para Tupã, Rissieri para Mato Grosso e Clementina para Paraná.

Tio Ângelo faleceu em São Paulo. Um neto dele, Angelino Labegalini – filho de Severino – foi prefeito da cidade de Iacri, próximo a Tupã, em 1.988.
Triagem do Tio-avô Ângelo pela Hospedaria Horta Barbosa em Juiz de Fora-MG.

3 comentários:

  1. Olá Romildo. Estava procurando informações da Dona Clementina, para saber qual o sobrenome correto da mesma a acabei parando em seu blog. Posso dizer que somos parentes bem distantes rsrs. Sou bisneto de José Brischiliari (no qual o nome correto do mesmo é Giuseppe Breschigliaro). Estou retificando registros civis, desde os muito distantes para que eu possa tirar a tão sonhada cidadania italiana. É incrível a quantidade de erros que constam nos mesmos! Só agora fui descobrir como era o sobrenome correto da Clementina, pois em cada certidão que possuo, aparece um sobrenome diferente. Abraços

    Cristian Breschigliaro

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    1. Olá Cristian,
      Sou o Márcio Labigalini, filho do Romildo.
      Ele até comentou sobre um contato da família Breschigliaro, que segundo nossas pesquisas é de Pádua (Padova na Itália).
      Favor manter contato com meu pai, através do email
      romildolab@gmail.com
      Forte Abraço a todos da família.
      P.S.: Hoje em dia não é necessário retificar os registros e sei que outros da familia Brischigliari ou Breschigliaro já conseguiram a cidadania. Então, pode ser um caminho mais fácil se estiver no mesmo ramo.

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  2. Boa tarde, também sou bisneto de José Brischiliari, entrei em contato com o Romildo por e-mail para levantar informações sobre a Clementina para que eu também possa dar entrada na cidadania italiana. Como já se fazem alguns anos dessa postagem e talvez eu tenha que procurar as certidões por conta novamente, qualquer informação é muito bem vinda. Desde já obrigado.

    Anderson Breschigliaro

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