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terça-feira, 24 de julho de 2012

Família Labigalini/Labegalini


                            FAMÍLIA  LABIGALINI


Meus nonos Luigi Labigalini e Lucia Crescimbeni

Brasão da cidade de Vobarno - Província de Brescia - Itália.
Vobarno é a cidade que o meu Nono Luigi residia.
Descrição: 
O símbolo da cidade de Vobarno, a pinha, é inspirado em um trabalho
artesanal feito em mármore de origem romana encontrado no período medieval
na torre do sino da igreja de Santa Maria Assunta. Na verdade, trata-se de
uma pinha de 50 centímetros de altura, que hoje está guardada na
biblioteca da cidade.
(A pinha é o cacho onde se encontra os frutos do pinhão, produzidos pela árvore da araucária).
Pesquisado pelo meu filho Márcio.


       Meu pai sempre dizia, com seu sotaque próprio de descendente de italianos, que “a nossa vida é um “romanze’”. No seu entender, era que, quanto mais se vive, mais coisas têm para se contar. Portanto, nossa vida é uma história que daria um livro: nossas lutas, trabalhos, alegrias, tristezas, vitórias e fracassos, desilusões, filhos nascendo, crescendo, casando, netos, bisnetos ...
       Certo dia, minha segunda mãe Maria, me sugeriu para que eu escrevesse um livro sobre nossa família. Achei ótima idéia, mas como não tenho competência para escritor, resolvi fazer apenas um relato, um arquivo sobre a família Labigalini, para que nossos descendentes fiquem conhecendo um pouco mais sobre seus ascendentes.
       Ao invés de publicar um livro através de uma editora, que ficaria restrito a apenas quem o adquirisse, resolvi publicá-lo na Internet, pois assim ficaria ao alcance de quem a acessasse. Com certeza vai ocorrer muitas falhas na árvore genealógica, pois as pesquisas realizadas podem conter enganos. Peço que os descendentes corrijam essas falhas, me comunicando. Quem iniciou essa árvore genealógica foi minha irmã Elsa. Meu filho Márcio deu prosseguimento. E eu estou finalizando.

                           DADOS DO AUTOR

       Meu nome é Romildo Labigalini. Nasci em 11 de setembro de 1938, no Bairro Labegalini, município de Jacutinga, aqui na doce Minas Gerais. Sou filho de Último Labigalini e Júlia Taveira. Sou neto de Luigi Labigalini 2 e bisneto de Luigi Labigalini 1.
Sou formado Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Bragança Paulista (hoje Universidade São Francisco), em 1984.
Casei-me em primeira núpcias com Josefina de Souza e temos 4 filhos: Márcio, Meire, Mônica e Marcelo. E 6 netos: Luigi, Isabela, Giovanni, Giulia, Gabriel e Pietro. 
Foto do meu 1° casamento com Josefina de Souza, celebrado pelo padre Celso Campos Sales-1961.

Casei-me pela segunda vez com Nilza Maria Taveira e não temos filhos. Convivemos com muito amor e felicidade.
Foto do meu 2° casamento com Nilza Maria Taveira-2002.

 Embora já sendo aposentado, tenho uma imobiliária e trabalho como corretor de imóveis, aqui em Monte Sião.
 O trabalho que hora apresento, está sendo realizado no ano de 2012. Com o passar dos anos poderá ser ampliado.
       Para realizar este trabalho, pesquisei e entrevistei muitas pessoas (algumas já faleceram): meu pai e seus irmãos Batista e Antônio, de Monte Sião; Elias e seus filhos: Pierim, Sebastião e Benjamim de Kaloré, Paraná;  Santinho Labigalini, meu tio e padrinho de Marumbi, Paraná  e José Labigalini, o Bepe, de Jacutinga, MG.
       O nosso sobrenome correto é LABIGALINI, como poderão verificar no passaporte do meu nono Luigi. Os registros de cartórios de muitas cidades tiveram os sobrenomes modificados: Labegalini, Labegaline, Labigaline e outros. Quem me forneceu fotos e documentos sobre meu tio Elias, foi seu neto Osmar Labigalini, a quem sou muito grato.
Meu grande amigo José Cláudio Faraco, professor, escritor, fotógrafo, meu compadre, padrinho de batismo de meu filho Marcelo, ajudou-me a montar esse trabalho. Minha secretária Tatiane Mendes de Carvalho, ajudou-me a digitar no computador.Posteriormente Jady Ariéle Cavalcanti Ruas deu continuidade na digitação.
       Pelo conhecimento de que disponho, os descendentes da família Labigalini estão dispersos por diversos Estados brasileiros: Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Tocantins e Espírito Santo. No exterior, estão na Itália, Estados Unidos, Inglaterra e Argentina.
       O início da nossa geração Labigalini surgiu na Itália, por volta  de 1837, aproximadamente. Volciano, pequena cidade da Província de Bréscia, norte da Itália, perto da fronteira com a Áustria e próxima ao lago de Garda, onde tudo começou. Há duas versões sobre este fato:
1ª) – Em um trem viajavam um casal com uma criancinha ao colo. Aconteceu um acidente com esse trem e os pais da criança faleceram. Não portavam nenhum documento. As autoridades levaram essa criança para um orfanato.
2ª) – Certa manhã, as freiras de um orfanato ouviram o choro de um recém-nascido vindo do lado de fora. Abriram a porta e, no chão, dentro de um cesto, estava uma criança envolta em um cobertor. Não havia nenhum bilhete, ninguém por perto. Fôra abandonada por alguém, não se sabe se por miséria dos pais ou por uma mãe solteira.
Recolheram a criança, trocaram suas roupinhas molhadas e viram que era um menino. Resolveram batizá-lo e colocaram o nome de Labigalini Luigi (na Itália o sobrenome vem antes do nome). O nome Labigalini foi inventado pelas freiras. Pesquisas feitas sobre esse sobrenome chegou-se a seguinte conclusão: “La biga” refere-se às bigas  — tipo de pequenas charretes com só um condutor em que os Romanos, além de a utilizarem na guerra, também disputavam corridas —. O “Lini”, final do sobrenome, pode ser o diminutivo de biga, ou seja, uma biga pequena.
O menino foi crescendo alegre, bonito, olhos azuis, cabelos claros, amado e educado pelas freiras. Na adolescência, deixou o orfanato com lágrimas nos olhos e agradeceu as freiras pelo carinho e amparo que recebera. Já adulto, casou-se com Lucrézia Pelizzari e tiveram 9 filhos: Giovanni, Giuseppe, Luigi (meu nono), Ângelo, Tomaso, Domênica, Margherita, Lucrézia e Maria.
Estes 9 filhos se espalharam:
Giovanni permaneceu na Itália. Giuseppe emigrou para o Brasil, juntamente com Luigi (meu nono), Ângelo e Tomaso.  Domênica, Margherita e Maria foram para os Estados Unidos e Lucrézia para a Argentina.
       A cidade de Volciano, onde nono Luigi nasceu no dia 23 de fevereiro de 1862, é atualmente uma pequena cidade com 20.000 habitantes. É um vale cercado por montanhas, idênticos a Monte Sião. Sua profissão era “contadini” (camponês) e seu trabalho era dedicado às uvas, plantando, cuidando e colhendo.
Quando se casou com minha nona Lúcia Crescimbeni, em 15 de abril de 1888, residia em Vobarno,  na Via Casatorre, nº 57.

       CERTIDÃO DE NASCIMENTO E CASAMENTO DE LUIGI F. LABIGALINI    



Desse casamento, três filhos nasceram na Itália:                                                                         Emílio, Giovanni Batista (Elias) e Vitório.
       A situação econômica na Itália estava muito difícil e o desemprego se alastrava. No inicio de 1895, nono reuniu os familiares, inclusive alguns irmãos, para decidirem a vinda para o Brasil (eles não diziam Brasil e sim, “Mérica” – América do Sul).



MOTIVOS DA EMIGRAÇÃO
       “Num período de vinte anos, mais de um milhão de italianos deixaram seu país.  Quais seriam os fatores fundamentais desse grande êxodo?
Os emigrantes fugiram de uma economia em crise, geradora de gravíssimos problemas sociais, conflitos, desemprego e fome.
       A Itália é um país pequeno em extensão territorial. No século XIX a maior parte de suas terras de cultura pertencia às pessoas de grande fortuna da antiga nobreza e, em consequência, predominava um regime fundiário feudal, com privilegiados herdeiros.
Os que trabalhavam a terra, por sua vez, nada possuíam, apenas ocupava pequenos lotes, mal distribuídos pelos proprietários, que ainda ficavam com toda produção da terra cultivada. A pobreza dos colonos gerava riqueza para os seus senhores, fato tradicional e rotineiro que era difícil de suportar. No contrato em dinheiro, o colono ficava obrigado a pagar o aluguel da terra e de suas pequenas benfeitorias, além de se responsabilizar pelas despesas de todo o cultivo e venda da produção ao próprio proprietário. Os lavradores cumpriram as obrigações do contrato, mas os altos senhores da Itália dormiam em berços esplêndidos, ao som da lira. A lira do contrato, entretanto, não saía de seus bolsos, nem para pagar honestamente o resultado da colheita. Tudo isso já contribuía para o desânimo, abandono da terra e desesperança do trabalhador rural.
       Por outro lado, a própria superpopulação da Itália era um fator de pobreza e do injusto regime econômico. Milhares de famílias não tinham sequer um pedacinho de chão para enterrar os seus mortos.
       Tal situação, no mesmo instante em que se agravava com a falta de assistência ao homem do campo, ia naturalmente expulsando numerosos camponeses de sua região e do próprio país, não obstante o seu imenso apego familiar à sua terra amada.
       Na verdade, o italiano, tanto na alegria como na dor, sempre amou a sua pátria e dela jamais se rebelou, nem mesmo nas suas maiores crises internas. O infortúnio doía, mas o amor à sua terra falava mais alto, ficava bem guardado no fundo do coração. Esse, o sentimento patriótico que sempre acompanhou a emigração e também o imigrante da distante época”. Texto extraído do livro “Monte Sion Amore Mio”, de autoria de Lourenço Guireli Jr.


RUMO AO BRASIL
       “FACCIAMO LA AMÉRICA! ANDIAMO PARTIRE PER IL BRASILE, ALLA TERRA DEL CAFFÉ! Vamos ao Brasil, onde há terra e trabalho para todos, era a voz uníssona e forte de milhares de famílias italianas, que se juntavam nos portos de embarques.
       A fama de prosperidade em terras brasileiras, como era contada em prosa e verso, sem dúvida atraía os emigrantes e os colocava em estado de ansiedade para logo chegar ao outro lado do Atlântico.
       Agentes italianos e brasileiros e suas organizações sem escrúpulos – não eram todas – iludiam os pobres e deles tiravam toda sorte de vantagem: pintavam em cores vivas o Brasil como a terra de Canaã, a terra Prometida, de muitos ouros e pedras preciosas; davam falsas noticias das ricas plantações de café das quais os colonos, em pouco tempo de trabalho poderiam ser donos.
Essas informações falsas e ilusórias, naturalmente facilitavam o recrutamento das famílias, retirando-as de suas terras, pois elas não conheciam nem de longe a proteção que a legislação italiana e também a brasileira poderiam lhes oferecer. Com isso os espertalhões saiam ganhando bom dinheiro e aumentando sempre o seu alto negocio.
       Uma multidão, principalmente de camponeses, amotinava nos cais e improvisadas hospedarias dos portos, se acotovelava nos preparativos para o embarque, enquanto lá atrás no fundo de suas províncias, ficavam os mais velhos, mulheres e crianças, chorando a triste despedida, porém cheios de esperanças de, que em breve seus entes queridos, então ricos e felizes, de volta à casa paterna”.  Texto extraído do livro “Monte Sion Amore Mio”, de autoria de Lourenço Guireli Jr.


NONO LUIGI NO BRASIL
       No dia 16 de abril de 1895, Nono , sua esposa Lucia e os filhos Emilio , Elias e Vitorio embarcaram no porto de Gênova no navio a vapor “S. Gottardo”. Após 30 dias no mar, desembarcaram no porto de Santos no dia 15 de maio. Dali seguiram de trem até São Paulo, onde permaneceram por três dias na Hospedaria dos Imigrantes — hoje Museu do Imigrante.
       O governo brasileiro era quem pagava as despesas de passagens e alimentação dos navios que vinham do exterior com imigrantes. O Presidente da República era Prudente de Morais. Os italianos de posse, aqui radicados, fundaram a “Sociedade Protetora dos Imigrantes” e doavam pequena quantia em dinheiro ao imigrante e sua família. A família Matarazzo era uma delas.








Os fazendeiros ou seus representantes iam até essa Hospedaria e escolhiam as famílias. A preferência era por homens fortes, algo semelhante ao comércio de escravos. Muitas famílias eram rejeitadas porque havia crianças e mulheres. Estas vagavam a esmo, à procura de trabalho e moradia.
       O nono, apesar de ter três filhos homens pequenos, foi contratado pelo fazendeiro Joaquim Henrique, proprietário de uma fazenda com café, localizada no bairro Eleutério, município de Itapira, São Paulo. Para lá foram levados seus poucos pertences e suas esperanças.
Muito trabalho e nenhum conforto. Nono não tinha nenhuma experiência em lidar com lavoura de café, mas com o tempo foi aprendendo. Nesta fazenda nasceram mais três filhos: Primo (1902), João Batista (1905) e Antônio (1908).
       Os parentes do nono que permaneceram na Itália, escreviam constantemente a ele, dizendo que a Itália havia melhorado bastante e que ele regressasse.
Nono, por sua vez, tinha consciência de que o Brasil estava muito atrasado culturalmente e também em outros aspectos. Era um homem bem informado, pois assinava o jornal italiano “Fanfulla”. Depois de um determinado tempo, conseguiu juntar uma certa quantia e resolveu voltar à sua amada Itália. Em 1909, com a família aumentada para seis filhos, embarcou para lá.


              NONO LUIGI NOVAMENTE NA ITÁLIA

       Novamente na cidade de Vobarno, nono conseguiu trabalho em uma plantação de uvas. Seus filhos também conseguiram emprego.                                          Emílio, 24 anos era balconista de uma loja. Elias, 19 anos foi convocado para servir o exército e, em 1910, partiu para a guerra contra os turcos, em território Líbio *veja mais detalhes e documentos  desta Guerra em "Tio Elias na Guerra". Vitório, 16 anos, trabalhava em uma “Feriera” (metalúrgica). Primo, 12 anos, e Batista, 5 anos, estudavam em escola. Já Antônio, 2 anos, freqüentava a escola maternal .
       Tio Batista sempre me contava fatos dessa época na Itália. Ele recordava que quando ia à escola passava por uma ponte diferente, em arco.
Nono morava em um pequeno sobrado. Na parte de cima era a residência. Na parte de baixo ficava o estábulo, onde se abrigavam as vacas e os cavalos do frio intenso. Esses animais eram tratados com alfafa e farelo. Quando caía a neve, as crianças se divertiam, fazendo bonecos e bolas de neve.



                  NONO LUIGI NOVAMENTE NO BRASIL

       Em 1913, como a guerra já havia terminada e tio Elias retornado para casa em Vobarno, Itália, nono Luigi e família arrumaram as malas e embarcaram novamente no navio com destino ao Brasil.
Aqui chegando, foram morar na mesma fazenda de café, no Bairro Eleutério, município de Itapira-SP. Nesse mesmo ano, nasceu meu pai Último, em 15 de outubro de 1913. (A nona veio grávida da Itália).
       Anos depois mudaram-se para o Bairro dos Pinheiros, aqui em Monte Sião, na fazenda de propriedade do Sr. Francisco Toledo Lima (Chico de Lima). Nono já tinha juntado algumas economias e comprou sua primeira propriedade (35 alqueires), no Bairro dos Rubim, município de Jacutinga, do Sr. Américo do Prado, próximo ao Pico da Forquilha. (Posteriormente esse bairro passou a chamar-se Bairro Labegalini ou Bengalini como muitas pessoas diziam. O rio que circunda essa propriedade também passou a chamar-se oficialmente de rio Bengalini).
Nono deu 5 contos de entrada e o restante seria pago em 5 anos, sem juros. A fazendinha tinha uma linda lavoura de café e uma casa grande, feita de taipa, que todos chamavam de “casona”.
No ano seguinte veio uma forte geada, queimando todo o café. Só restaram os troncos secos, num ambiente desolador. Nono ficou com receio de não poder pagar a dívida. Reuniu os filhos e disse que iria devolver a propriedade. Foi até Jacutinga e disse ao senhor Américo Prado a sua intenção. Perderia os 5 contos e ficava desfeito o negócio. “Seu” Américo, compreensivo, respondeu:
 - Senhor Luigi, o senhor é honesto e trabalhador e seus filhos são fortes. Eu espero o tempo que for necessário para o senhor me pagar. Fique tranquilo que tudo vai dar certo!
Nono chegou em casa mais animado e participou aos filhos. No dia seguinte começaram a podar o cafezal. Plantaram fumo, milho, arroz e feijão.
Engordaram porcos, montaram um moinho de fubá movido a rodão d’água. Enfim, conseguiu pagar a dívida antes do vencimento.
       Em 1925 comprou outra propriedade, divisando com a sua. Era o “Sítio Boa Vista”, com 30 alqueires, do senhor José Rosa, com 20 mil pés de café produzindo. As duas propriedades já formavam uma pequena fazenda.
       Os filhos foram se casando e morando com o nono. Tios Emilio, Elias e Vitório foram os primeiros, os filhos foram nascendo e na “casona” já moravam 22 pessoas. Era um verdadeiro “formigueiro”.
As noras combinavam muito bem com a sogra, havendo muito respeito de ambas as partes. As tarefas de cada uma foram acertadas:
Tia Regina, esposa do tio Elias, lavava as roupas nas segundas-feiras. O restante trabalhava na roça.
Tia Angelina, esposa do tio Emílio, ficava cuidando da casa, preparando as refeições. Tia Rita, esposa do tio Vitório, além de ajudar na casa, cuidava das crianças. Tudo transcorria na maior tranquilidade.
       Nona realizou o parto de todas as noras. Tinha um dom especial de enfermeira, pois conhecia remédios caseiros, feitos de plantas e raízes.
Todas as noites reunia a família e rezava-se o terço, em latim.
Após o terço, começava a diversão: truco, bisca e cantoria. Tio Batista na sanfona, tio Elias fazia a primeira voz, tios Emilio e Vitório no dueto, nono com sua voz grave também fazia os duetos e nona também cantava. Era só alegria. Tudo em italiano.
Outros filhos foram se casando e tornou-se necessário construir algumas casas para aqueles que haviam casado anteriormente. Meu pai casou-se e ficou morando com a nona. No café da manhã, além de salame, queijo e pão caseiro, havia também o vinho caseiro que, até nós  crianças, também saboreávamos.
Em 1925 o Presidente da República era Artur Bernardes e o governador de Minas Gerais era Fernando de Melo Viana.
       Nono tinha um bigodão deste tamanho e sua estatura era, em média, 1,71 m.
Quando ia para a lavoura ele portava uma “podeta” (pequena foice) presa na cintura. Seu cavalo favorito se chamava “Cachiné”.
Apesar de trabalhador rural, nono tinha muita cultura. Sempre que ia até Jacutinga, comprava jornais e estava sempre atualizado.
Políticos de Jacutinga queriam que ele fosse candidato único para Prefeito, mas ele sempre recusava, gentilmente, pois não gostava de política.
Faleceu em 28 de fevereiro de 1928, de congestão cerebral e foi sepultado em Jacutinga.
Nona Lúcia continuou morando conosco e faleceu em 28 de outubro de 1954, com 86 anos, aqui em Monte Sião.


Descendentes do meu bisavô Luigi Labigalini I e Lucrezia Pelizzari até a presente data 23/08/2017:
1.616 pessoas.
Estou realizando mais pesquisas e esse número irá aumentar. Os descendentes desse casal são os seguintes:
1) Giovanni - 113
2) Giuseppe -  152
3) Luigi II -   891/a família mais numerosa
4) Ângelo -   392
5) Tomaso -   04
6) Domenica - 05
7) Margherita- 05
8) Lucrezia -    25
9) Maria-         05

Descendentes de Luigi Labigalini II (meu avô) e Lucia Crescimbeni
Emílio -          159
Elias -            313-a mais numerosa
Vitorio -         123
Batista -           60
Antonio -         36-a menos numerosa
Primo -          127
Último -           98

24 comentários:

  1. Parabéns, pai ! O Sr. está realizando um trabalho de fundamental importância para nossa família.
    Un bacio, Meire.

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  2. Oh Rumirdinho !!! (lembrei do Paschal Andretta agora). :)

    Tá muito bonito seu trabalho.

    Tenho muito orgulho de ser seu filho e poder colaborar e compartilhar desta preservação da nossa história.

    Bacione, Márcio.

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  3. Adorei!!! Sou neta do Nenê Labigalini, deu saudade do Nono... tenho a foto dele tocando sanfona pendurada no meu mural pra eu nunca esquecer de onde veio minha paixão por música. Abraço, Mayla

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    1. Por favor se puder me envie a foto por e mail, para que eu possa publica-lá no blog.

      Abraço, Romildo.

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  4. Mônica Labegalini Boso21 de agosto de 2012 às 12:15

    Sou Mônica Labegalini Boso. Neta de Elias e Regina. Filha de Benedito Labegalini. Quantas saudades do meu pai. Quando vejo essa foto, lembro-me de minha infância. Meu pai contava as histórias de quando “serviu” o exército. Ele sentia muito orgulho em ter usado a farda. Recebeu uma condecoração por sua disciplina no quartel. Nosso pai nos ensinou muitos valores. Saudades eternas.

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    1. Olá Mônica! Sou o Márcio, filho do Romildo. Se puder, favor enviar fotos do pessoal dai pra gente divulgar aqui. Abraço a todos.
      Meu email é:
      marcio@labigalini.com.br
      e do meu pai é:
      romildo@labigalini.com.br

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  5. Muito legal saber mais sobre a origem da nossa família!

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    1. Olá Jader. Agradecemos sua visita. Abraço a todos da familia.

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  6. Sérgio Luís Labegalini23 de setembro de 2012 às 17:43

    Olá estimados parentes,sou o Sérgio Luís Labegalini, descendente do Luigi(tataravô)- Angelo(bisavô)-César(avô)-Gentil(pai).Sou casado com a Andéia Cristina F. Baraldi Labegalini,moramos em Marília-SP e temos 3 filhos(Leonardo, Henrique e Gabriel).
    Realizaremos uma confraternização dos descendentes do Cesar na cidade de Parapuã em 13/10/2012.Se quiserem mais detalhes,estarei à disposiçao no email:madlabega@hotmail.com.
    Um grande abraço a todos.

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  7. Parabéns pela pesquisa, por compartilhar detalhes tão ricos da nossa família.

    Deixo meu agradecimento a todos, foi um prazer conhecê-los...com certeza fará parte dos momentos mais lindos e inesquecíveis da minha vida esse feriado em Parapuã.

    Abraços

    Miriely Patrícia (SP) - Filha de Luis Carlos Labegaline (MS)- (César Leondino)

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    1. Prezada Mia.

      Realmente o encontro da Família Labegalini foi inesquecível. Gostei muito de conhecer todos vocês!
      Quem sabe o ano que vem nos encontraremos novamente.

      Um abraço, Romildo Labigalini - Monte Sião-MG

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  8. Olá Romildo,sou Alexandre Labegalini, filho de Paulo Roberto Labegalini e Fátima, neto de Mário Labegalini e Wanda, bisneto do nono Batista e nona Sebastiana. Há anos que não nos vemos não é mesmo? Estou com 26 anos e morando e estudando em Ouro Preto/MG. Meus pais, Paulo e Fátima, ainda vivem em Itajubá/MG, juntamente com minha irmã do meio, Soraia. Minha irmã mais velha, Thaís, já é casada e vive em Rio Negro/PR junto de seu marido. Acredito que grande parte disso você já sabia.

    Parabéns pelo blog, minha tia Tidinha Labegalini me comunicou e vim aqui conferir, realmente está muito bem detalhado e escrito. É ótimo entender melhor o surgimento de nossa família e como ela se encontra atualmente, além de ter a oportunidade de ver fotos e documentos raríssimos! Acompanharei o blog sempre que possível, Um forte abraço.

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    1. Prezado primo Alexandre...

      Gostei muito do seu comentário no blog ! A semana passada fui participar do 1° Encontro da Família Labigalini (descendentes do meu tio-avô Ângelo Labigalini) em Parapuã-SP. Eu não conhecia nenhum desses parentes e nossa confraternização foi maravilhosa. Quem sabe faremos um Encontro desse em Monte Sião. Quando vier aqui gostaria de conversar pessoalmente com você. Se possível me mande seu Facebook, o meu é http://www.facebook.com/romildo.labegalini
      Um abraço Romildo Labigalini.

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    2. Seria muito legal realizar esse encontro em MS, já que a cidade é muito famosa por abrigar tantas pessoas de nossa família. Geralmente todo natal eu vou para MS, daí te procuro ok? Já o adicionei no Facebook, um abraço.

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  9. Bom Dia Romildo, sou Carlos Augusto, Bisneto de Egídio Labegalini, Neto de Geraldo Labegalini, filho de Luzia Labegalini, fiquei muito feliz de saber da história de nossa família e muito orgulhoso também,
    sei que você tem contado com meu Tio Joel Labegalini e gostaria de saber se posso adicioná-lo em minha pagina, para posterior contato ou dúvidas.

    um grande abraço e muito obrigado pela excelente pesquisa, que nos deixa com tanto orgulho.
    Carlos

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    1. Olá Carlos Augusto,
      É um prazer para mim manter contato com você. Se quiser me adicionar no facebook, fique a vontade.
      Abraço, Romildo Labigalini

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    2. Boa tarde a todos meu nome e Brenda Cristina labegalini sou Bisneta de Egídio Labegalini, Neta de Geraldo Labegalini, filha da
      Ana Labegalini, fiquei muito feliz de saber da história de nossa família e muito orgulhoso também

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  10. Ola sou descendente do Ângelo irmão do Luigi II

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  11. Gostaria de obter mais informações sobre o Ângelo

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  12. Ola. Muito interessante essa historia do começo de nossa geracao.
    Sou Leandro Labegalini casado com Liliane, que hoje tbm carrega o sobrenome Labegalini temos uma filhinha chamada Laura Emanuella Labegalini, sou neto de Geraldo Labegalini, sobrinho de Joel Labegalini e primo de Carlos Augusto.

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  13. Ciao a tutti, Joao batista labigalini è il mio bisnonno.quando è tornato in Italia ha avuto con Angela Erculiani, mia nonna Giovanna Erculiani il 7/11/1921 a Vobarno ed ancora in vita . Non è mai stata riconosciuta da Joao batista che parti' per tornare in Brasile con la moglie e la figlia.Mia nonna dice che Joao e.Angela si conoscevano da ragazzi.

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  14. Brenda Cristina labegalini16 de março de 2023 às 10:13

    Boa tarde a todos meu nome e Brenda Cristina labegalini sou Bisneta de Egídio Labegalini, Neta de Geraldo Labegalini, filha da
    Ana Labegalini, fiquei muito feliz de saber da história de nossa família e muito orgulhoso também
    Parabéns pela pesquisa

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  15. Sou Jose vitorio pianez neto do vô vitorio filho de Maria labigalinni pianez estou muito contente por fazer parte desta família labigalinni meu pai é pascoal pianez moro em São Paulo fiquei triste por não poder ir no encontro dos labegalinni em kalore

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  16. Olá me chamo Eduardo Grossi Labegalini, sou natural da cidade de Jacutinga-MG meu Pai Jair Labegalini que é filho de Paulo Labegalini ( Palulino Labegalini). Casado com Aparecida Parreira Labegalini. Nos avisem da próximo evento

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